domingo, 21 de dezembro de 2008

Eterna solidão de um triste ser

Momentos que não terminam. A solidão permeia a existência. longos silêncios. sentimento que não vai. sempre latente. sempre presente. quando mais se quer afastá-lo. ele teima em surgir. para lembrar de tudo que passou. todos que passaram.
a solidão de todos os instantes que foram vividos. mesmo cercado por muitos e muitas. sempre esteve só. jamais se sentiu totalmente acompanhado.

sábado, 13 de dezembro de 2008

até os fracassados se dão bem

Esta ele caminhando, sozinho, na chuva. ouve música. uma música muito triste. sente as gotas de chuva em seus ombros, no seu rosto. cada passo, cada respiração. a todo momento seus pensamentos vão até ela. não tão distante. não tão perto. algumas coisas sempre mudam. outras, não. momentos de êxtase vêm e vão. caminhando pelas ruas da cidade, sozinho. na chuva. nem sempre foi assim. noites frias e chuvosas. porém, hoje, não tem problema. a vida está um pouco melhor. ela está na dele. e ele se sente demais. nada mais pode abalá-lo. agora sim. ele está de volta. pronto para ser feliz.

até os fracassados se dão bem. ou não.

mas hoje ele se deu. será?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Não é a garota mais bonita da cidade

Lá estava ela. não era a garota mais bonita da cidade. porém, era a sua garota. bailava com graça. a leveza do andar. a beleza dos movimentos. como não se apaixonar? aqueles olhos firmes, decididos. a boa suave. os longos cachos a voar. a dança. o suor. o desejo. nada podia separá-los. a dor. ao acordar. a lembrança. tudo não passa de um sonho. ela não o conhece. você não a conquistou. agora, ela está com ele.
você?

está só.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ode ao velho Buk

Lá estava ela. rostinho de anjo, sempre sorrindo sem graça de tantos elogios. sempre ficando vermelha ao ver um homem. sua virgindade era um desafio. todos partiam pra cima. alguns tentavam com calma. outros chegavam com tudo. nunca tentei. NÃO ERA PRA MIM. Nunca fui bom com mulheres disputadas. Nunca fui bom com mulheres. Sempre me deixando de lado pelo cara mais cool. sempre querendo o mais bonito e interessante. mas esta virgem não. ME ESCOLHEU. um cara mais calado. que gosta de ouvir. queria alguém que não a queria. agora está na cama. cansada. chorando. sangrando. devia ter escolhido outro cara. mais cool...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Comunismo X Anarquismo

Sentimentos em comum.
Lutam por um mesmo fim.
O que realizar?

Meios diferentes.
Desejos iguais.

Porque não podemos controlar
aquilo que queremos amar?
Sonhos.

Tristes diferenças intelectuais.

Determinantes para a continuidade do fim.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cegueira

Momentos intensos.
Solidão.

Dependência. Beleza.

A cada dia um novo desafio.
A cada noite uma nova incerteza.

Liberdade, medo.

Anseios perdidos.
Luta.

Esperança. Perda.

Todo dia algo novo.
Quantas vezes damos importância?

A vida não é só o que se vê.

sábado, 6 de setembro de 2008

Quero ser feliz...

Quero ter uma casa na qual me sinta bem,
Quero ter pais carinhosos,
Quero ter amigos fantásticos.

Quero poder sair quando desejar,
Quero poder comer sem problemas,
Quero poder viajar com freqüência.

Quero viver como eu vivo,
Quero viver contigo,
Quero viver com...

Porque sempre quero o que não posso?

Tantas boas coisas e este sentimento não sai.

Falta, falta, falta.

Sei o que, só não posso...

Sou (vou) ser feliz?

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pensamentos

Cansado.

Tristeza.

Momentos de reflexão. Instantes de solidão.

Pensamentos sóbrios. Sombrios. Embriagados.

Porque sempre assim? Quase nunca diferente.

Atitudes, visual, o que mudar? Ou fazer?

Simplesmente desistir. Lutar.

Antes de falar, ver. Ver. Ouvir. Sofrer.

Dias de verão num falso inverno.

sábado, 26 de julho de 2008

Solidão de um dia de outono II

Lá estava ele, perdido sem saber para onde ir. O dia havia transcorrido sem muitas novidades. Acordar, trabalhar, voltar para casa, dormir. Os dias se tornavam cada vez mais repetitivos e sem graça. A esperança de construir um mundo melhor, fazer algo da sua vida. A cada minuto a esperança que moveu seus dias em outras épocas ia se deixando levar pela necessidade de comer, trabalhar, trabalhar e comer.

Até o momento em que ele vislumbra uma mudança. Uma mudança que parte do interior, mas, causada pela visão, pelo estímulo exterior. Uma garota, linda, como nunca antes tinha visto. Porém, como ela repararia num homem sem graça, que utiliza terno preto, camisa branca, gravata preta, sapatos pretos, meias brancas, cueca branca? Todos os dias. Sem nunca mudar, desafiar as incertezas? Lutar por algo melhor?

Seria agora, teria que ser. Se não fizesse nada ela nunca repararia nele, nunca se preocuparia em observar mais um na multidão de homens-máquinas. Mas o que fazer? Mudar o cabelo? Acabar com o corte de anos, o topete do tamanho padrão, pintar o cabelo? Não. Talvez começar a utilizar ternos de cores diferentes, terno branco? Vermelho? Não, a empresa não gostaria. Um piercing? Não, ele não gosta de agulhas.

Uma tatuagem então? Nem pensar.

O que seria necessário para uma mulher como aquela olhar para ele? Se interessar por ele? Não seria capaz de conversar com ela sem ter um atrativo. Algo que lhe diferencie dos demais.

Porém, em que ele se diferenciava dos demais? Era um homem comum. Problemas comuns, sonhos comuns, desejos comuns. Ele era apenas um ser comum. Ela... ela sim era especial. Seus cabelos brilhavam, seus olhos emanavam uma vida que ele nunca tinha observado, sequer imaginado que podia existir.

Ela sim, era especial, ele, um reles mortal. Não tem jeito, teria que desistir. Deixar que alguém a altura dela se aproximasse, lhe conquistasse. Ele não seria capaz. Tinha problemas demais. Comer, trabalhar, trabalhar, comer.

Agora era tarde, seu momento havia passado, quando escolheu economia, desistiu de sonhar, abandonou o sonho de viajar pelo mundo, só ele e sua mochila. Nada de dormir ao relento, viajar sem rumo. Já tinha perdido sua chance. Agora, não adiantava mais querer conquistar uma pessoa tão especial. O que fez com sua vida?

Nada. Não tinha feito nada de especial, em nenhum momento foi o centro das atenções, quando nasceu, teve um irmão, gêmeo, que dividiu suas atenções, o irmão, logo morreu, e ele se tornou a lembrança da perda. Sentiu isso na pele, os outros irmão, estes sem a mácula da lembrança. Tiveram atenção, festas, presentes. Ele não se lembra de um aniversário em que seus pais se alegraram. Sempre se lembrando do filho perdido. A dor retornava aos seus corações e ele era a marca da tristeza. Seus olhos não vislumbravam a felicidade.

Logo saiu de casa para um internato, assim, seus pais poderiam ser mais felizes, não teriam que lembrar a cada segundo a dor da perda. Ele se sentiu mais sozinho, em meio a tantos outros que solitários. Nenhuma visita, nunca mais viu aqueles que lhe criaram. Os outros logo perceberam, e ele logo se tornou mais e mais só, ninguém queria andar com alguém que nem mesmo os pais queriam.

Depois do internato, foi para uma faculdade. Seu sonho de correr o país com alguns trocados no bolso foi deixado de lado. Queria entrar para a faculdade, se formar, ser famoso, para conseguir finalmente sobrepujar a dor dos seus pais e ver o sorriso nos olhos dos dois ao lhe olharem. Ele iria vencer. Ser famoso, virar motivo de orgulho. Não mais uma lembrança triste.

Contudo, não foi assim. Notas medianas, mais solidão, mais tristeza. Não conseguia se socializar. Não tinha amigos, não ia as festas. A cada dia, mais sozinho ficava, os professores não sabiam quem era. Seus colegas não o conheciam. E passou assim, incógnito, solitário, isolado, fracassado.

Agora, passados 10 anos, estava no mesmo emprego, fazendo a mesma coisa, numa sala cheia de cubículos idênticos, com pessoas iguais realizando as mesmas tarefas, sem conhecer o próximo, sem saber o que é o sol às 16 horas. A vida continua solitária, sem graça, sem diferenças.

Ou melhor, a vida era assim. Agora poderia ao menos olhar para ela. A sua inspiração, o seu drama. Seus dias ficavam mais alegres ao vê-la. Porém, se entristeciam, ao perceber que, ela nunca saberia quem era ele, que a amava. Ela era a síntese da sua vida, sonhos, desejos, emoções guardadas sem nunca compartilhar com alguém. Ela lhe mostrava como era solitário, algo que os dias sem mudanças lhe faziam esquecer.

Agora, novamente as tristezas de não ter feito nada, ter conquistado algo relevante, poder alegrar a vida dos pais, que não vê e não tem notícia há tantos anos. Tudo volta, como um redemoinho de emoções, todas tristes. O que fazer? Lutar, tentar finalmente ser diferente, especial? Mas e o emprego? Será que vale a pena correr o risco de perdê-lo?

As dúvidas que a muito estavam esquecidas ressurgem, porém, com uma intensidade, uma motivação, muito maior. O que fazer então? Dúvida fica martelando sua cabeça. Toda manhã, toda noite, em todos os sonhos. Como poderia chamar a atenção dela?

domingo, 13 de julho de 2008

Tristeza e Amizades

Dias tristes, frios.
Amigos sempre são importantes.
Solidão de uma noite.

Alegrias, tristezas.
Paixões.

A tristeza do fim.
Dias de felicidade.
Noites.

Após muito tempo, alegrias.
Como a muito tempo, tristezas.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Escola

Esta é a resolução dos problemas!
Seria a causa dos problemas?
Onde estão os problemas.

Palavras, letras.
Frases, conhecimento.
Liberdade, Prisão.

O que resta agora?
Como podemos salvar o futuro?
Nos esquecendo do passado?

Talvez seja melhor começar tudo de novo.

Ou concertar o fim.
Deixar o começo.
O começo do fim? Ou o fim do começo?

sábado, 10 de maio de 2008

Perguntas

O homem é um ser social?
Busca sempre o seu espaço vital.
Muitas vezes afasta-se de todos.
Outras, aproxima-se.

Nada pode ser simples?
Tudo é complexo.
Vidas distintas.
Almas unidas.

A natureza do homem.
Seria a solidão?

Porque buscamos respostas no isolamento?
O que nos faz entrar sozinhos no mar?
O que nos move para o deserto?

A felicidade pode vir da solidão?
Ou ela "só existe compartilhada?"

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Uma torcida como qualquer outra...

Véspera de feriado.
Quarta a noite.
Nada melhor que ir ao Mineirão?

Mesmo após tomar de 5 do rival?
Não! Quem iria?
Qualquer um claro!

É uma torcida como qualquer outra.
Não são tão fanáticos.
Apenas não ganham títulos.

A torcida só vai na boa, com ingressos baratos.
Mais de 25 mil foram ontem.
Número comum, nada de especial...

Será?

domingo, 27 de abril de 2008

Fernandoce

Este post é um pedido público de desculpas.
Tomei uma atitude incorreta.
Sem confirmações ou uma conversa direta.
Tive uma postura incorreta.

Apesar dos meus motivos.
Deveria ter utilizado a cabeça um pouco melhor.

Só queria dizer que ela não falou intimidades minhas para ninguém.
Só queria demonstrar que errei.
Devia ter conversado.

Errei, tomei uma atitude precipitada.

Mas fui eu que decidi.
Então, eu que tenho desculpas a pedir.
A ela já pedi. Agora, peço a todos.

Derrota

Existem dias que você quer esquecer,
outros que poderiam não ter acontecido.

Hoje não DEVERIA ter acontecido.
São derrotas como essa que ferem.
Perder lutando, brigando, sim.

Alguns ainda demonstraram brio, vontade.

Desde o começo, estava errado.
Técnico perde jogo, porém, só os jogadores tomam uma goleada.
O que aconteceu não deve passar em branco.

É hora de se ver o óbvio.

Sobre o jogo:

O Cruzeiro jogou melhor.
Aproveitou melhor as chances.
O técnico organizou melhor sua equipe.

domingo, 6 de abril de 2008

Solidão de um dia de outono

Aquilo que parecia ser impossível aconteceu, ela finalmente criou coragem. Não quis mais ficar calada, cansou de apanhar do marido. O homem que lhe pareceu ser o homem dos seus sonhos. A enganou muito bem. Quando o viu pela primeira vez, um homem cortês, fala calma, educado, bonito. Parecia que este era um daqueles homens que sempre se imagina e nunca se encontra.

Uma amiga lhes apresentou. Era irmão do namorado dela, elegante. Inteligente. E o melhor, se interessara por ela. Agora sim, ela iria se casar. Sair da casa dos pais. Viver a vida que sempre sonhou. Cuidar dos filhos, esperar o marido chegar com um jantar especial a cada dia. Comprar uma casa, com um amplo espaço para as crianças brincarem.

Tem que ser com ele, não poderia encontrar outro assim. Ele estava interessado também, que bom. Agora ela conseguiria. Escaparia dos problemas, ficaria afastada daqueles que lhe fazem mal.

Não aguentava mais as constantes brigas na sua casa, seus pais sempre brigando, a mãe alcoólatra, o pai viciado no jogo. Todos os dias as mesmas brigas pelo dinheiro. Qual iria gastar o dinheiro no vício.

Ela ainda jovem, 18 anos, iniciando a vida, já conhecia a dureza da realidade. Não conseguiria sobreviver ali por muito tempo. Quando surgiu a oportunidade, não pestanejou. Era um homem correto e honesto. Era. Até que finalmente se casaram. Um casamento simples, sem luxos, seus pais conseguiram se controlar durante a festa.

Sua mãe não bebeu neste dia. Tudo parecia melhor, agora, finalmente seria feliz. Entretanto, não foi assim. Logo no primeiro dia de casada, descobriu a verdadeira faceta do marido. Apanhou, e muito, por estar com um vestido ousado (o seu vestido de noiva).

Desde então, todos os dias, foram assim, olhos roxos, hematomas, sangue. Anos se passaram, não existiam filhos, felicidade, ou casa, morava em um apartamento alugado, mal cabia o casal.

Seus amigos, não via, seus pais, morreram. Seu marido, não queria ver. Mas todos os dias ele chegava, e parecia cada dia mais nervoso, reclamava de tudo. Nada lhe satisfazia. E sua dor, a tristeza do sonho desfeito só aumentava.

Mas enfim uniu forças para lutar. Iria denunciá-lo acabar com sua dor, desafiar seu medo. E depois? Depois procuraria um emprego, viveria do seu próprio dinheiro, não dependeria de mais ninguém, nunca mais.

E assim o fez. Foi a polícia, denunciou o marido, apresentou as provas das constantes agressões. Mudou de cidade, iniciou uma nova vida. Agora, seria o que quisesse, não mais uma dona de casa passiva e submissa. Lutaria pelos seus direitos. Pela sua vida

segunda-feira, 24 de março de 2008

Ser Atleticano

Ser atleticano é chorar quando o time cai.
E no outro dia sair com a camisa.

Ser atleticano é acreditar até o último instante.
E mesmo depois continuar acreditando.

Ser atleticano é torcer por uma camisa.
Não em função de títulos.

Ser atleticano é cantar o hino inteiro.
De cor, no Mineirão, em casa, onde estiver.

Ser atleticano é parar a cidade para cantar.
Homenageando o aniversário do Clube.

Ser atleticano é ter um dia, só seu, para comemorar.
E outros 354 ou 5 para torcer.

Ser atleticano é gritar a toda vez que ver o manto sagrado.
E torcer contra o vento.

Ser atleticano é ter um sentimento só seu.
Sentimento resumido em 4 letras.

GALO.

domingo, 23 de março de 2008

Clube Atlético Mineiro

História coberta de glórias e tristezas,
Mostras de força e superação.

Momentos de euforia,
Alegrias sem fim.

Amor, paixão.
Palavras que não conseguem descrever o real sentimento.

Campeão dos Campeões.
Até mesmo o maior time de todos os tempos perdeu para ti.

Nos piores momentos, todos ao seu lado estiveram.
No gelo, no deserto, na selva, onde estiver.

Até mesmo contra o vento somos capazes de torcer.
Dezenove. Vinte e dois. Milhões.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Palavras sem sentido de uma noite chuvosa

Existem dias que você fica triste. Outros alegre.
Hoje, eu acordei cansado. Só cansado.

O dia foi até legal, coisas boas aconteceram.
Agora, entretanto, não sei.

O fim de semana se aproxima e tive momentos bons e maus.
E acho que os maus foram determinantes.

Pessoas que não querem perder mas te afastam para sempre.
Novas pessoas que podem durar eternamente.

Confiar é sempre difícil.
Ainda mais quando se tem que fazer isso de novo...
e de novo...e de novo...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Os fracos não têm vez

Um dia tenso. Tudo programado. Tudo equivocado.
Vários atrasos. Será que hoje vai? Os antecedentes não eram bons.
Ou eram!?

O clima fica quente, nervoso. O momento do espetáculo se aproxima.

Começa. O que diziam inferior se supera, se mostra superior.
Porém, o problema se mantém. Ninguém consegue finalizar.
O último toque.

Tudo vai bem? Quase. Alguns sustos.
Mas em um dia sem muito brilho, muita luta.

Luta, coletividade, disposição. No fim um empate amargo. Nem tanto.
A vontade, a luta, foram válidas. A equipe dita tão inferior foi melhor.

Poderia e precisa melhorar.

domingo, 2 de março de 2008

Chuva

Gotas caem em meu rosto.
Escorrem por meu corpo.

Momentos únicos que me fazem lembrar.
Lembrar de tudo que passei.

O som da chuva nas ruas desertas.
O barulho dos meus pensamentos.

Existem dias que nada é melhor que caminhar na chuva.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Computador

Ele estava em frente ao computador. Sabia que não poderia escrever uma linha sequer. Porém, não poderia deixar de tentar. Os dias passavam e nada acontecia. O computador se mantinha intacto. Nenhuma tecla era pressionada.

Onde foi que tudo começou? Quando foi? Porque foi?

Perguntas que não deixavam sua cabeça e, por isso, nada acontecia.

Ele se lembrou da sua infância. Foram bons momentos. As suas perspectivas e seus desejos eram simples, não necessitavam de muito esforço. Ele não tinha muitos amigos. Não se importava, bastavam seus bonecos, seus carrinhos, sua imaginação e seus botões.

Depois, lhe veio a mente sua adolescência. Tempos difíceis? Nem tanto. Finalmente encontrara amigos com quem dividir suas dúvidas, seus pensamentos. Divertiam-se todos os finais de semana, skate, shows, tudo era motivo para encontrar e sair.

Chegou a sua fase adulta. Nada de especial. Trabalho, casa, casa, trabalho. Não tem filhos, esposa, amigos, parentes. Todos seguiram seu caminho, o dele, permaneceu reto, sem desvios.

Agora ele se encontra em frente ao computador. E Nenhuma linha é escrita. Nenhuma tecla é tocada.

A vida não faz sentido. Às vezes, nem mesmo a morte.

(Quantos dias passarão?)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Os olhos não querem crer

Existem dias que o simples é impossível.
Nestes dias, nada se pode fazer?

A luta, a disposição, a superioridade.
Nada parece ser capaz de derrotar o adversário.

Hoje, foi assim.

Bolas incríveis, lances impressionantes.
Defesas mágicas, fantásticas. A trave, os zagueiros.

O gol adversário é intransponível. E o pior...
Acontece quando todos viam o "fio de esperança".

O herói entraria e mudaria a história. Mas...
O dia não seria salvo nem pelo ídolo maior.

Antes mesmo que pudesse entrar, o golpe certeiro atinge a chaga.
Os olhos não querem crer.

Em nenhum momento se entregaram.
Tentaram até o fim. Não foi o suficiente. (Até quando?)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Irracional

As vezes penso em me mudar.
Sempre existem escolhas a fazer.

Erros que quer consertar. Palavras que quer apagar.

Nada pode ser em vão. Nada é em vão.
Tudo que fez, passou, está hoje em você.

As vezes deve-se ser irracional. Fazer o que quer, quando quer.
Há necessidade de deixar seu corpo comandar. Não pensar. Agir.

A cultura, as possibilidades, os motivos, as conseqüências.
Liberte-se, viva. Seja. (Por quanto tempo se esconder?)

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Marcelo

"Como você ainda é amigo dele?"

Duas pessoas muito próximas a ele me fizeram esta pergunta.
Não me lembro como ou o que respondi.
Acho que é por isso que hoje escrevo.

Apesar de todos os momentos em que ele se esqueceu.
De todas as vezes que não se lembrou de mim.

Existem os momentos que nos encontramos.
Nos falamos.

E, para mim.
Ver seu sorriso, abraça-lo.
Basta. É Por isso.

Acho que para poder conversar, abraçar e rir com ele.
Sim. É por isso.

Para ter um irmão. (dois?)

domingo, 27 de janeiro de 2008

Verão de 87

Um dia, num verão de 1987, eu estava triste, desolado com a vida,
nada valia a pena, eu antes era o centro do mundo,
todos me olhavam, brincavam ao me ver, me rodeavam.

De repente, do nada, surgiu um outro cara,
ele tomou meu espaço, roubou minha atenção,
todos se esqueceram de mim.

Eu, antes o centro, me tornei a periferia, nada mais era para mim,
por mim, todos só queriam e falavam do outro.

Desde então, nada mais é. Tudo é para o outro.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Viajar

Existem momentos que se quer viajar.
Sair, se libertar.
Parar para pensar.

Sem esquecer.
Simplesmente parar, pensar.
Nunca fugir.

Se manter de pé.
Não largar.
Lutar.

Ar. Todos necessitam de ar.
Não só para respirar.
Para viver.

Afasia. (Quando vai terminar)

domingo, 20 de janeiro de 2008

Compulsão

Vontade de ligar.
Abraçar.
Ver, beijar.

Sempre me perco em mim.
Não consigo pensar.

As derrotas seguem e sempre os mesmos erros.
Porque ser assim?

Porque não ser?
Instintos X Razão.

O que seguir.
No momento, só quero fugir.

O vazio voltou. E agora?

Sofrer ou sorrir? (medo).

Solidão

Nimrod. Este CD sintetiza momentos de felicidade e tristeza.
Este é o som que marca o início do que seria a minha vida.
Depois de muitas mudanças. Finalmente me fixei em uma residência.
A partir deste momento pude criar raízes, amizades verdadeiras.

Muitas crianças tiveram infância solitária.
A minha foi e não foi.

As casas das minhas avós me ajudaram a ter uma infância de interior.
futebol na rua, na quadra, esconde-esconde, grandes turmas...

Mas a morte de uma (e do meu avô).
A mudança da outra. Encerraram esta infância.

Tive uma infância solitária.
Meus pais trabalhando fora.
Meus amigos morando longe.

E eu jogando sozinho.
ATARI, Master System, futebol de botão... WAR.
Sim, jogava WAR sozinho.

Várias tardes eu passei montando estratégias para me derrotar.

Solidão. Assim aprendi a me virar e a me fechar.
Muitas vezes não me comunico com outros. (para que?)

domingo, 13 de janeiro de 2008

Enlouquecer

As vezes é necessário tomar medidas drásticas.

Portanto, não tenha medo de fazer o que acha necessário.
A vida pode ser curta ou longa.
O mais importante é você poder dormir tranquilamente no seu último dia, sem ter medo da morte, simplesmente aceitar que acabou.
Atingir o último dia de cabeça erguida, sem arrependimentos, sabendo que viveu como queria, isso é o mais importante.

Amanhã. (Quem sabe?)

sábado, 12 de janeiro de 2008

Cansei

Cansei de olhar, de ouvir, de falar.
Cansei de ver, perceber, entender.
Cansei de saber, esquecer, não lembrar.

Só me resta agora ficar ou perecer.
Só me resta partir para algum lugar.
Só me resta sumir e não ser.

Fim.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

2007

Tudo começou como antes, triste, isolado, sozinho.

Os dias passaram e a alegria aumentou, o calor humano, a felicidade.

Alegrias e notícias boas apareceram ao longo do ano.
Em alguns momentos achei que não conseguiria chegar ao fim.
Em outros só o queria.

Porém, tudo se acertou e o ano se transformou em algo inesperado no início.
Algo inesperado por ser muito bom.

Menos um ano. (Ou seria mais?).