terça-feira, 20 de outubro de 2009

Duas vezes

Sinto como se a cada dia uma nova vida pudesse surgir em meio ao nada. Poderia ser uma passagem para algo maior, melhor e mais impressionante. Não, será somente o fim de algo que foi bom. É bom. Neste momento nada mais fará o menor sentido. Tudo não passará de palavras soltas de uma vida fria, sem sentido. Duas vezes será o bastante para me fazer enfadonho. Duas noites e nunca mais serei visto. Duas manhãs e serei largado. Não sentirei falta, mentira. Porém, mais duas tardes e já terei esquecido. E, quem sabe, após duas madrugadas, esteja novamente convencido de que, dessa vez, não serão somente duas vezes.

E até amanhã, esperarei a terceira.

4 comentários:

Elisa Maria disse...

lindo.

duas vezes é melhor que nenhuma...
ou não....

l. f. amancio disse...

duas vezes...
é triste a miséria de contar as vezes e sentí-las sempre se esvaindo. mas a verdade é que nunca chegaremos no ponto de extremo aproveito do presente, pois isso faria que fosse pleno todo instante.
não, acabamos contabilizando o que se foi, o que não vai ficar, o que já não é mais.

enfim, quebrou o jejum, ein? é a chegada do Faith No More que te inspira...

Flávia Denise de Magalhães disse...

Duas vezes comentei no seu blog!

Karina Lerner disse...

é o q dizem... dois é bom, mas três é demais! faço votos para q quebre a barreira dos 2 e multiplique por infinitas vezes!