Três coisas lhe vêem a mente quando se lembra da infância.
Um carrinho de brinquedo.
O quarto do hospital.
A solidão.
Boa parte da infância foi passada num hospital. algumas cirurgias. Muitas idas e vindas. Mas uma coisa era constante. O vazio que ficava. Deitado, sentado na cama. Sem poder brincar como gostaria. Somente com seu carrinho amarelo. Seu único amigo. Seu ponto de equilíbrio. Às vezes pensa que, sem ele, não conseguiria manter a sanidade. Seria difícil. Ao sair do quarto, do hospital, lá deixou o carrinho. Espera. Sabe. ele está lá, como único amigo de uma criança.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Cara, pára de ler Kerouac e ouvir jazz e Tim Buckley. Pega um livro do Ari Toledo se nao vai ficar foda
oi, querido. espero q sua virada de ano tenha sido boa.
engraçado, acabei de começar um livro (diário do farol, joão ubaldo ribeiro) em que o narrador diz que as pessoas são solitárias por natureza.
seja num quarto de hospital, seja numa escola rodeada por outras crianças, se é assim que se sente, assim será. não acha?
de qq forma, aí está vc. inteiro e livre, pra contar sua história.
em tempo, só complementando o que vc disse: não somente na vitória, mas tb (e talvez principalmente) nas derrotas é onde nos reconhecemos melhor!
beijos!
eu li um trem acho que hoje, que falava que pra ser feliz a gente tem que esquecer o passado...
duro é que isso faz o maior sentido...
Postar um comentário